
A composição musical é feita de três elementos: melodia, harmonia e ritmo.
A melodia é uma sequência de notas, também chamada de linha melódica, e geralmente é apresentada pela voz ou por um instrumento solista, como flauta, violino etc.
A harmonia é uma sequência de acordes (que, por sua vez, são grupos de notas) que acompanha a melodia e é tocada por instrumentos que tem a capacidade de emitir mais de uma nota de cada vez, como violão ou piano, ou por um grupo de instrumentos, como uma orquestra.
E o ritmo é tudo aquilo que se refere a tempo: o andamento (velocidade) da música, a duração de cada nota, de cada acorde e, é claro, o que é feito pelos instrumentos de percussão, que não tocam notas, como bateria, por exemplo.
Mas o que nos interessa neste tema é a possibilidade de avaliarmos a personalidade de alguém pelo seu gosto musical.
Classificações de tipos psicológicos existem aos montes desde que a humanidade se percebe como humanidade. Das mais simples às mais complexas, das mais empíricas às mais científicas.
Hipócrates concebeu seu sistema de temperamentos: colérico, melancólico, sanguíneo e fleumático; a Astrologia classifica as características pessoas pela data de nascimento; Jung com os conceitos de atitudes e funções, chega a dezesseis tipos; e isto só pra mencionar alguns.
E pela música?
Podemos dizer que a melodia está ligada ao aspecto emocional, a harmonia ao intelectual e o ritmo ao físico.
Então, se uma pessoa prefere ouvir músicas de melodias fáceis, que falam ao coração, que evocam lembranças, provavelmente tal pessoa é mais emotiva; se ela gosta mais de perceber a harmonia, como as notas se combinam para formar acordes e como estes se agrupam em série para formar uma estrutura de base… tudo indica que seja uma personalidade mais racional. Mas se é o ritmo que mais chama a atenção, há grande chance de que o aspecto físico fale mais alto.
Naturalmente, nenhuma classificação é absoluta. Por mais embasadas que sejam na observação e em conceitos de aceitação geral, tais categorias não são etiquetas definitivas. São úteis como ponto de partida, para orientação de um profissional de psicoterapia e/ou para o autoconhecimento. Mas não nos esqueçamos de que somos os autores de nosso próprio futuro, e nos construímos e reformamos dia a dia.
Flávio Fonseca
flaviofonsecapsi@gmail.com